Quebrar a hegemonia

O ano 2011 foi vitorioso para a Secção. Taça CERS e a Continental coloriram-no, colocando o Hóquei benfiquista num pedestal de onde esperemos que não saia.

O ano que agora finda vai ficar marcado pela conquista da Taça CERS, dando colorido ao regresso do Benfica à ribalta europeia na modalidade. Mas já lá iremos… Primeiro analisemos as competições domésticas.

No Campeonato Nacional há, claramente, um alvo a abater. O FC Porto venceu os últimos dez e em 2010/11, o triunfo merece, por parte dos “encarnados”, muita contestação. A prova foi conquistada nos confrontos directos e aí as equipas de arbitragem mostraram uma vassalagem enorme aos “azuis-e-brancos”, não sancionando lances de clara agressão aos benfiquistas. É verdade que o Campeonato é uma prova de regularidade, mas todos os jogos contam e, neste particular, uns mais do que outros.

Esta época, o Benfica arrancou com um empate em terras minhotas, mas desde aí foram só triunfos e a luta está acesa, prevendo-se nova decisão nos confrontos entre a turma da Luz e a formação portista. A ver vamos…

Morrer na praia na Taça

Não conquistando o Campeonato, a Taça seria a “cereja no topo do bolo” após vencer a Supertaça. Po­rém, assim não quis o destino. Nos quartos-de-final, o Candelária visitou a Luz e triunfou por 4-5. A equipa orientada por Luís Sénica estava fora da prova.

Europa foi “Gloriosa”

Em termos europeus, os “encarnados” foram dominadores. Conquistaram a Taça CERS e a Continental. Na CERS, eliminaram o Amatori Lodi e o Lloret antes de atingirem Final Four.

Com três emblemas nacionais e apenas um espanhol, a Final Four foi disputada em Vilanova (Espanha). As “águias” não acusaram esse facto e na final ante a equipa da casa ganharam por 6-4 e lograram a segunda Taça CERS do Palmarés.

Para esta época e por direito próprio, os hoquistas da Luz marcam presença na Liga Europeia onde o objectivo primordial será atingir a “Final eight”. Até ao mo­mento estão no segundo posto do Grupo D – após uma vitória e um empate – e com francas possibilidades de seguirem em frente. Na “Final eight” tudo é possível, mas seria bonito ver o Sport Lisboa e Benfica quebrar a hegemonia espanhola (nos últimos 20 anos têm 19 títulos) na competição.

O dia 5 de Novembro e Viana do Castelo presenciaram um mo­mento insólito. O Liceo da Corunha, vencedor da Liga Europeia, disputava a Taça Continental com o vencedor da Taça CERS. Todavia, a equipa espanhola não concordou com o local, preferiu não marcar presença e foi brindada com uma derrota, por 10-0.